13 de junho de 2010

Você me entende

Entende que sou única
Mas sou muitas

Entende que escrevo com a alma
Mas a imaginação ajuda

Entende que as luzes que me iluminam
São gambiarras do sentir
São fontes luminosas
São pisca-pisca da árvore de natal

Entende que posso amar um só
Mas escrever de amor para vários

Entende que mesmo sofrendo de amor
Posso escrever do amor que sonho

Entende que mesmo amando
Posso escrever uma despedida

Entende que em cada você que escrevo
Pode ter mais de um você

Entende que eu posso ser eu
Posso ser ela
Posso ter um nome fictício

Entende quando falo da lua e com ela
Quando falo das estrelas e que elas piscam em mim e para mim

Entende de sonhos, fantasias
Da imaginação borbulhante
Das lágrimas suadas e doídas
Ou das lágrimas perfumadas

Entende quando falo do amor romântico
Virtual, real ou platônico
Entende do amor que suspira, rodopia, levita...
Do amor desejo, delirante, arrepiante

Entende das músicas que tocam o corpo
Elevam a alma
Fazem descansar a mente

Entende do dedilhar, dos acordes
Da dança dos corpos

Entende que posso sonhar
Aumentar, diminuir
Destruir, construir

Entende o que é amor
De ter e perder
Do querer ter e ter medo de sofrer

Entende que escrevo
Dos sentimentos, com sentimento
Da dor, alegria, tristeza, saudade
Das verdades que são verdades
Das mentiras que são mentiras
Ou das verdades que são fantasias
Das vontades, dos desejos

Entende que algumas mãos preferem trabalhar de madrugada
Quando a alma rodopia na escuridão
E o pensamento se solta na ciranda do sentir

Entende o que escrevo
Sem julgar, nem questionar
Entende o acelerar do pensamento
Os devaneios enroscados em sentimentos

Você entende o poetar de uma alma que quer amar e ser amada.

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